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Os chadianos foram às urnas no dia 6 de Junho


O anuncio dos resultados da votação, na terça-feira, dizia que o referendo foi aprovado por uma maioria de mais de 77 por cento. Os chadianos foram às urnas no dia 6 de Junho para decidirem sobre propostas emendas à constituição do país, a mais importante das quais aquela que elimina o limite de dois mandatos presidenciais, antes das eleições do próximo ano.

A emenda, aprovada, irá permitir o ex-lider rebelde, o actual presidente chadiano, Idriss Deby, a concorrer para o terceiro mandato. Idriss Derby rejeita as acusações da oposição segundo as quais o referendo foi realizado em seu beneficio.

Uma mulher da capital Njamena, afirma que ela nem se preocupou em ir votar no referendo... ...e esta outra diz que o seu voto não faria qualquer diferença. O resultado, disse ela, já foi decidido muito antes da votação. O futuro do Chade vai agora de mal a pior...

Antes da votação, a comissão eleitoral independente do Chade, disse que mais de 5 milhões e meio de chadianos se tinham registado para o voto, apesar da estimativa que coloca a população nacional chadiana para além dos 18 milhões de habitantes.

Os líderes oposicionistas chadianos, entre os quais o antigo Primeiro Ministro Jean Alingue Bowayeu, afirmam que o voto tinha sido predeterminado, acusando o Presidente Deby de tentar estabelecer uma dinastia política sua no Chade:

...O lider oposicionista chadiano afirma que o resultado do referendo é uma vergonha nacional e que há forma de se compreender que 71 por cento do eleitorado chadiano tenha ido às urnas.

Vários partidos da oposição apelaram aos seus apoiantes para boicotarem o referendo que classificaram como sendo tirania e luto nacional, e que a afluência às urnas foi muito baixa.

O porta-voz do Presidente Deby rejeita as acusações de fraude, afirmando que a comissão eleitoral independente fez um bom trabalho.

Jean Alingue Bowayeu apelou aos outros lideres da oposição a fim de organizarem uma manifestação de protesto em massa contra os resultados do referendo.

Apesar das projecções dos rendimentos petrolíferos do Chade serem de cerca de 250 milhões de dólares em 2005,o Chade continua a ser um dos países mais pobres do mundo. O recente influxo de refugiados do vizinho Darfur sudanês está a constituir também um grande peso sobre os magros recursos do Chade, provocando descontentamento e insatisfação pela administração do Presidente Deby.

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