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Países que fazem campanha para obter lugar permanente


Países que fazem campanha para obter lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU desistiram da exigência de terem poder de veto. E a Assembleia Geral pode votar este mês a entrada de dez novos membros no mais poderoso órgão da organização mundial.

O Japão, a Alemanha, a Índia e o Brasil reviram uma proposta de resolução da Assembleia Geral que aumentaria o Conselho de Segurança da ONU de 15 para 25 membros.

Uma anterior proposta sugeria a entrada de seis novos membros, com o mesmo poder de veto que os Estados Unidos, Rússia, França e Grã-Bretanha.

Mas numa carta de apresentação da versão revista, os quatro países candidatos indicam que desistiriam da exigência do poder de veto, por pelo menos 15 anos.

O embaixador alemão junto da ONU, Gunter Pleuger disse que a concessão foi feita em face da forte oposição, por parte dos cinco membros permanentes bem como de outros países que preferiam eliminar de todo o poder de veto.

“Procuramos uma fórmula que responda aos diferentes interesses, os interesses dos cinco membros com poder de veto, de não se lhes tocar no seu estatuto, os interesses dos novos membros permanentes de não serem discriminados, uma fórmula que leve em linha de conta a opinião das mais de 100 delegações de que o veto não é democrático e está desactualizado, pelo que nós como bons novos membros permanentes dissemos ... então está bem podemos esperar para ver, podemos passar sem o veto.”

O embaixador Pleuger disse que a França aceitou patrocinar a resolução para o alargamento depois de ter sido retirada a exigência do veto. Outros expressaram reservas, incluindo a China, que considera o plano ”perigoso,” e adverte para uma possível divisão entre os membros.

Um responsável americano disse que Washington precisa de mais tempo para estudar a proposta. A mesma fonte acrescentou que há grande actividade em Washington no sentido de determinar a melhor forma de reformar o mais poderoso órgão das Nações Unidas.

A secretária de estado norte-americana, Condolezza Rice disse que os Estados Unidos ainda não decidiram que nações vão apoiar para os lugares do Conselho de Segurança, à excepção do Japão.

O embaixador japonês junto da ONU, Kenzo Oshima, disse que Washington e o Japão estão a trabalhar na questão da reforma do Conselho de Segurança.

“O Japão e os Estados Unidos estão a discutir o assunto e eles suportam-nos, e de resto os Estados Unidos continuam a considerar a questão, mas não ouvimos que os Estados Unidos tenham tomado uma decisão, mas foi-nos dito que estão activamente a considerar o assunto.”

O enviado japonês disse que os apoiantes do alargamento esperam levar a proposta à votação dos 191 membros da assembleia geral este mês.

O embaixador da Índia, Nirupam Sen disse, por seu lado, que mais de 10 países tinham aceite patrocinar a proposta revista. E que aquela deveria recolher mais do que os 128 votos necessários para ser adoptada.

Outros diplomatas, contudo, dizem que o número dos países que apoiam o alargamento está ainda aquém dos dois-terços necessários.

Caso a medida seja aprovada, seria preciso outra votação, esta agora para emendar a Carta das Nações Unidas. As emendas à Carta exigem também a ratificação por parte das legislaturas dos cinco membros permanentes.

Os patrocinadores esperam que as duas primeiras fases estejam completas a tempo dos dirigentes mundiais considerarem as emendas à Carta da ONU, quando se reunirem em cimeira em Nova Iorque, em Setembro.

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