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Milicias congolesas beneficiam de rendimentos do ouro


A organização Human Rights Watch afirma que os rendimentos da extracção do ouro na região de Ituri estão a ir para aos bolsos dos líderes das milícias locais que usam o dinheiro para comprar armamentos. Combates pelo controle das minas de ouro têm-se traduzido por massacres, tortura sistemática , violações e detenções arbitrárias. O relatório daquela organização refere que os confrontos entre grupos armados pelo controle da cidade mineira de Mongbualu custou a vida a pelo menos dois mil civis entre Junho e 2002 e Setembro de 2004. Aquela organização de defesa dos direitos humanos baseada em Nova Iorque afirma que grande parte do ouro extraído por garimpeiros individuais na região acaba por chegar ás mãos de comerciantes internacionais de ouro no Uganda. A analista daquela organização Anneke van Woudenberg afirmou à VOA que é necessário que esses comerciantes internacionais se certifiquem de que o ouro que adquirem não é proveniente de territórios controlados pelas milícias:.”Não há , claro está , uma solução mágica para melhorar a situação no Congo. È preciso que as companhias que compram o ouro tenham a certeza absoluta que não estão a apoiar as milícias.”

Van Woudenberg afirmou que a sua organização já conseguiu com que pelo menos uma companhia europeia de comércio de ouro pusesse termo ̀às suas importações do Congo e apelou a outras companhias para fazerem o mesmo. A Human Rights Watch acusa, no entanto, a companhia multinacional sul africana Anglo Gold Ashanti , de levar a cabo negócios com o líder de uma das milícias da região, afirmando que Floribert Njabu o líder da Frente Integracionista nacionalista, mesmo beneficiou de apoio financeiro e logístico..Afirma Njabu:”Quanto a nós o que é mais importante no caso do Congo, especialmente nas zonas do garimpo do ouro onde o governo central não tem controle, é que qualquer apoio aos grupos armados só favorece mais instabilidade minando paralelamente o processo de paz.”

Respondendo a estas acusações, Bobby Godsell, o presidente da Anglo Gold Ashanti, afirma que a sua companhia foi obrigada a fazer um pagamento aquela milícia de modo a que os seus camiões pudessem passar na região. Salientou, contudo, que já tinha providenciado para que tal não sucedesse novamente. No entanto a Human Righjts Watch afirma que o relacionamento entre as duas partes é muito mais profundo do que isso. Godsell afirmou, entretanto, que vai enviar uma equipa da sua empresa à região para investigar as acusações daquela organização.

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