O Director-geral da Organização Mundial de Saúde, Lee Jong-wook, classificou as novas normas como constituindo um passo importante para a saúde à escala internacional:
”...os novos regulamentos vão ajudar na protecção contra a propagação de doenças à escala mundial, ajudando ainda a estimular respostas da comunidade internacional ao surto de epidemias e outras emergências de saúde publica no século 21....”
Os regulamentos originais foram aprovados em1969, tendo por fim ajudar na monitorização e controlo de seis pandemia, seriamente infecciosas, a cólera, a peste, a febre amarela, a varíola, a febre intermitente e o tifo.
A OMS afirma que as novas pautas serão aplicáveis a uma larga gama de novas enfermidades tais como a síndroma atípica de respiração aguda e a gripe das aves. No âmbito dos novos regulamentos, os estados deverão informar imediatamente a OMS acerca de quaisquer surtos epidémicos de que tenham conhecimento.
A Organização Mundial de Saúde começou a elaborar os novos regulamentos em 2003 na sequência de serias ameaças à saúde mundial da síndroma atípica de respiração aguda e da ébola, quando a China não informou a comunidade internacional acerca daquela primeira enfermidade senão meses mais tarde, quando a doença se tinha propagado para além da China, provocando ameaça generalizada à saúde publica, resultando em avultados danos nas economias das nações afectadas.
O coordenador dos novos regulamentos da Organização Mundial de Saúde, Max Hardiman, disse que de acordo com as novas pautas, os estados deverão alertar imediatamente aquela instituição mundial de saúde acerca de qualquer surto epidémico. Sublinhou Max Hardman que se torna agora muito difícil para os países não revelarem eventos que afectem a saúde publica devido à fuga imediata da informação a respeito dos mesmos através dos meios da comunicação social e do Internet:
”...por isso existem razões práticas para os países serem mais transparentes e abertos com a Organização Mundial de Saúde, partilhando a informação. Além disso, no âmbito dos regulamentos que acabam de ser aprovados, as nações assumem obrigações de informarem a OMS para que esta tome medidas necessárias de protecção da saúde publica à escala mundial...”
O coordenador da OMS sublinha que na idade da alta tecnologia de comunicação entre as nações, as epidemias se espalham muito rapidamente a todos lados do globo. Sublinha que o objectivo principal dos novos regulamentos é garantir tanto quanto possível a protecção da saúde das pessoas contra a contaminação à escala mundial, minimizando dessa forma o impacto e as interferências dos cruzamentos das pessoas e do comercio internacionais. Mas quando for necessário, a OMS diz que poderá impor quarentenas e restrições de viagens entre as nações.