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Activistas dos direitos humanos foram presos e agredidos


Um relatório da Amnistia Internacional sobre a Guine - Bissau cobrindo o período entre Janeiro e Dezembro de 2004, afirma que activistas dos direitos humanos foram presos e agredidos, que vários militares e civis detidos após o golpe de estado de Setembro de 2003 estiveram vários meses encarcerados sem culpa formada e que a Policia usou força excessiva para dispersar manifestações.

O relatório da Amnistia Internacional indica que membros da Liga Guineense dos Direitos Humanos foram alvo das autoridades por terem denunciado violações de direitos humanos pelas forças de segurança.

O relatório precisa que em Março de 2004, o vice-presidente da Liga, João Vaz Mane, foi preso pela Policia sem um mandato de captura na sede da organização, tendo sido agredido e alvo de ameaças de morte, acabando por ser libertado horas depois sem culpa formada.

Por sua vez, Carlos Adulai Djalo, um activista da Liga Guineense dos Direitos Humanos na segunda cidade do pais, Bafata, foi agredido por um antigo vice-chefe do estado-maior do exercito, aparentemente devido as suas actividades na Liga.

O relatório da Amnistia Internacional respeitante a Guine-Bissau sublinha também a força excessiva usada pela Policia em Marco de 2004 para dispersar uma manifestação pacifica em Bissau de estudantes da escola secundaria que protestavam contra uma greve de professores.

Dezenas de estudantes foram detidos depois da Policia ter lançado granadas de gás lacrimogéneo e disparado tiros para o ar.

O relatório da Amnistia Internacional refere-se também a um caso caricato em que um agente da Policia deliberadamente disparou contra as pernas de um jovem, alegadamente por ele ter recusado entrar num taxi que tinha mandado parar.

O jovem tentou explicar ao agente que o taxi não ia na direcção que ele pretendia, tendo então sido baleado nas pernas.

Três pessoas que tentaram intervir, Leonel Pereira João Quade, Nesto Fonseca Mandinca e Malam Sani, foram presos e mantidos na sinistra Segunda Esquadra da Policia em Bissau durante cinco dias, onde terão sido espancados.

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