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Protestos violentos no Afeganistão e no Paquistão, sobre acusações de profanação


A declaração da secretária de Estado durante uma audiência no congresso, constitui um exemplo da preocupação de Washington relativamente aos protestos violentos no Afeganistão e no Paquistão, sobre as acusações de profanação.

No inicio dos depoimentos sobre o orçamento federal perante a subcomissão senatorial de Apropriações, Rice afirmou que os Americanos honram os livros sagrados de todas as grandes religiões do mundo, e que o desrespeito pelo Corão não e , nunca foi, nem nunca será tolerado pelos Estados Unidos.

A secretária de Estado acrescentou que as alegações de abusos cometidos em Guantanamo estão a ser investigadas pelas autoridades militares, e no caso de se provar a veracidade, os Estados Unidos irão actuar de forma adequada.

Entretanto, Rice apelou no sentido de que o mundo muçulmano rejeite os apelos à violência, a fim de evitar maior perturbação.

“Durante os últimos dias ouvimos de amigos muçulmanos manifestações de preocupação sobre o assunto. Compreendemos e partilhamos das preocupações. Infelizmente algumas pessoas perderam a vida em manifestações violentas. Solicito a totalidade dos nossos amigos para que rejeitem os apelos à violência por parte de quantos que falseiam as nossas intenções.”

Várias pessoas foram mortas no Afeganistão no decurso de protestos antiamericanos desencadeados por uma noticia na revista Newsweek segundo a qual interrogadores em Guantanamo profanaram um Corão, numa tentativa de irritar os detidos.

Fazendo-se eco de anteriores declarações por parte do Departamento de Estado, Rice afirmou que o respeito pela liberdade religiosa de todos os indivíduos constitui um dos princípios base dos Estados Unidos, e que o desrespeito pelo Corão repugna a toda gente.

O Departamento de Estado referiu que o alegado incidente, a ter ocorrido, esta totalmente em desacordo com as praticas existentes em Guantanamo, onde foram introduzidos preceitos para facilitar a prática religiosa dos detidos.

Aquela instalação prisional, inaugurada em 2002, aloja presentemente cerca de 520 detidos, muitos dos quais suspeitos al-Qaida e Taleban, de varias nacionalidades detidos no decurso da invasão do Afeganistão liderada pelos Estados Unidos.

Mais de duas centenas de antigos detidos, ou foram devolvidos a casa e libertados, ou transferidos para a custodia dos países de origem.

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