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Estudantes estrangeiros que obtém doutoramentos em ciências e engenharia


Um painel de peritos reuniu-se na Academia das Ciências dos Estados Unidos e ali deixou claro que quer o regresso às políticas de abertura que existiam antes dos ataques terroristas de 2001, em Nova Iorque e Washington.

A proporção de estudantes estrangeiros que obtém doutoramentos em ciências e engenharia aumentou substancialmente até depois dos ataques, da mesma forma como o número dos que aqui se doutoravam e se tornaram residentes temporários nos Estados Unidos.

Mas duas coisas interferiram nesta tendência - um escrutínio de vistos mais apertado desde os ataques de 2001 e uma maior competição por académicos por parte de governos da Europa, da Ásia e a Austrália, que reconhecem a importância destes académicos para as suas economias e segurança nacional.

Samuel Pretson, membro do painel, é um perito em questões da população da Universidade de Pensilvânia. Ele cita dados do Conselho das Escolas Superiores mostrando um declínio em 33 por cento no número das candidaturas a cursos de mestrado e pós-graduação americanas por parte de estudantes estrangeiros, desde 2002.

“Estamos de facto muito preocupados com o que aconteceu após 2002. Acreditamos que se deve acima de tudo a uma maior percepção de que os Estados Unidos já não os recebem com os braços abertos como o faziam, sobretudo devido às dificuldades em obterem vistos para estudar nos Estados Unidos.”

O painel da Academia Nacional das Ciências diz que o governo reduziu recentemente alguns dos entraves na obtenção de vistos e melhorou alguns dos trâmites. A maior parte dos pedidos são agora processados no espaço de 30 dias.

Mas Philipp Griffiths, matemático da Universidade de Princeton, disse que o processo pode ser mais simplificado, sem que se comprometa a segurança nacional.

“Há 10-15 anos estávamos numa posição em que simplesmente se esperava e os melhores estudantes candidatavam-se para vir para cá. Agora temos que tentar recrutá-los. Não podemos assumir que os melhores estudantes se vão candidatar às nossas universidades, como era historicamente o caso.”

Este perito recomenda a criação de uma nova categoria de visto não-imigrante, para estudantes pós-graduados e doutorados, quer venham para os Estados Unidos para estudar ou participar em colaborações de curta duração, ou para encontros.

Os membros deste painel pedem que estes visitantes estejam isentos dos regulamentos que exigem aos candidatos a visto provar que não tencionam permanecer nos Estados Unidos, neste caso é-lhes pedido que provem que não vão deixar de viver no seu país.

Apesar de recentemente o governo ter tomado medidas para prorrogar os vistos de estudantes de certos países, o painel pede que esta seja uma medida alargada aos estudantes de todos os países. Da mesma forma diz que os estudantes e académicos estrangeiros em escolas americanas deveriam poder viajar para fora dos Estados Unidos sem terem que esperar para que lhes seja permitida a reentrada.

Os peritos recomendam, também, que as universidades americanas prossigam os seus esforços para atrair estudantes e académicos estrangeiros.

Dizem que os Estados Unidos continuam a ser o principal destino para eles, e assim gostariam que continuasse.

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