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Realojar os refugiados rwandeses


A agência das Nações Unidas para os Refugiados disse que não recebeu resposta do governo burundês ao seu apelo para realojar os refugiados rwandeses em acampamentos transitórios mais seguros.

A porta voz da agência das Nações Unidas, Jennifer Pagonis, disse que os refugiados estão alojados em condições precárias, sendo difícil levar-lhes assistência humanitária de emergência, que as Nações Unidas, e as outras organizações internacionais privadas, concedem à base de caso por caso.

Jennifer Pagonis disse que os refugiados contam-se em cerca de sete mil rwandeses na fronteira, que abandonaram o Ruanda desde o principio de Abril passado:

"Dizem que fugiram do Rwanda pelo medo que têm dos tribunais locais, ditos gacaca, que investigam o genocídio no Rwanda. Presentemente cerca de 9 mil tribunais locais através do Rwanda investigam o genocídio, tendo os refugiados rwandeses, que desde o passado mês de Abril ultrapassam a casa dos 7 mil na fronteira, à busca de asilo no Burundi, citado ameaças, rumores de massacres e ataques de vingança, como sendo algumas das razões para abandonarem o Ruanda."

O Rwanda estabeleceu tribunais para julgar dezenas de milhar de casos pendentes de suspeitos que aguardam julgamento em instâncias judiciais regulares, sendo acusados de participarem no genocídio em hutus extremistas mataram cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados, em 1994.

Em meados de Abril, a agencia das Nações Unidas para os refugiados transferiu mil e 800 dos 7 mil refugiados rwandeses da fronteira para dois acampamentos de trânsito mais para o interior do Burundi. As autoridades burundesas ordenaram a suspensão da operação em 23 de Abril ultimo, abandonando os restantes cinco mil outros, na fronteira.

A Senhora Pagonis adiantou que varias centenas dos rwandeses poderão ter regressado às suas terras em resultado de uma campanha conjunta de duas semanas, lançada pelas autoridades rwandesas e burundesas. Disse a porta voz das Nações Unidas que a campanha, que tem por fim abrandar o medo dos exilados rwandeses e encorajá-los a regressar ao Rwanda, termina hoje, quinta-feira, tal como planeado.

"Depois disso, as autoridades dos dois países deverão reunir-se para avaliarem o impacto da campanha. O governo burundês prometeu que iria respeitar o principio do acolhimento, não forçando os refugiados a regressarem ao seu país contra a sua vontade. O governo burundês disse também que nós poderíamos começar a determinar o estatuto preliminar dos que buscam asilo e que não desejam regressar ao Ruanda."

A porta voz das Nações Unidas disse que a sua agência está preocupada pelas noticias acerca de casos de intimidação. Disse que os trabalhadores de ajuda desejam assegurar que os rwandeses à busca de asilo sejam informados que não serão forçados a regressar ao seu país contra a sua vontade.

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