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Incidente ocorreu, alegadamente, ao longo da costa da Somalilandia


Quinta-feira começaram a circular notícias na imprensa sobre um incidente que ocorreu, alegadamente, ao longo da costa da Somalilândia, uma região separatista no norte da Somália.

As notícias indicavam que dois barcos tinham aportado com 20 fuzileiros navais (ou ”marines”) a bordo, que tinham visitado uma vila piscatória perto do porto de Las Qorei. A agência de notícias Reuters, citando um responsável local somáli, escrevia que os ”marines” tinham mostrado aos residentes locais fotografias de suspeitos terroristas, antes de terem deixado a área, horas mais tarde.

A agência de notícias acrescentava que no mesmo dia, no mesmo porto tinham sido vistos três barcos de guerra americanos incluindo um helicóptero de transporte. A Reuters descrevia o incidente como ”uma das mais visíveis caçadas a militantes,” na Somália, desde a criação há três anos, na zona do ”Corno de África” da Força Conjunta Combinada, baseada no Djibuti.

Responsáveis do Pentágono desmentem que os ”marines” tenham aportado na Somália. Sexta-feira, o general que comanda a força, o general dos ”marines” Samuel Helland, especulava que os somális, citados nas notícias, poderiam ter confundido a data e a localidade da uma actividade militar que teve lugar perto da Somalilândia, no final do mês passado.

“Teve lugar um exercício no Djibuti, na última semana de Abril, por parte da vigésima sexta unidade expedicionária dos ”marines” e, na altura, elementos dessa unidade foram a terra e ali conduziram exercício de fogo real, em carreiras de tiro no Djibuti, e levaram, também, a cabo um exercício de assalto anfíbio ao longo das praias. A história parece referir-se a este exercício, e foi tudo. Pelo que sei, não houve qualquer actividade dos ”marines” ao largo da costa da Somália, para além da passagem da Quinta Esquadra a caminho do Iraque.

O objectivo da força multinacional liderada pelos Estados Unidos é detectar e impedir potenciais operações terroristas nas zonas do Corno e Leste de África, através do treino das forças de segurança nacionais, vigilância aérea e marítima, e patrulhas marítimas.

Washington acredita que as organizações terroristas e os seus operativos estão a tentar tirar vantagem das fronteiras porosas da região e das fracas instituições para ali criar bases, de onde poderiam planear e lançar ataques.

Acredita-se que esteja algures na zona do ”Corno de África” um destacado suspeito terrorista da al-Qaida. Fazul Abdullah Mohammed, que se acredita planeou os ataques mortais às embaixadas americanas no Quénia e Tanzânia em 1998, foi visto pela última vez há ano e meio em Mogadiscio, a capital somáli.

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