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Conseguir por todas as vias, desenvolver tecnologia nuclear para fins legais e pacíficos


O Irão reiterou a sua determinação em conseguir por todas as vias, desenvolver tecnologia nuclear para fins legais e pacíficos, isto apesar das ameaças de sanções internacionais.

O Irão tornou publico esta sua posição durante a conferencia sobre o desarmamento nuclear patrocinado pelas Nações Unidas.

Para o efeito o ministro dos negócios estrangeiros iraniano, Kamal Kharazi reafirmou ontem na sua intervenção na conferencia que o seu pais não será dissuadido dos seus propósitos em levar adiante um programa nuclear restrito.

“O Irão, do seu lado, está determinado em conseguir desenvolver todas as áreas legais de tecnologia nuclear, incluindo o enriquecimento do urânio exclusivamente para fins pacíficos e tem estado ansioso para oferecer garantias, de que tais programas vão permanecer essencialmente para fins pacíficos.”

Falando na conferencia patrocinada pelas Nações Unidas e organizada para a revisão do tratado de não proliferação nuclear de 1970, o ministro iraniano dos negócios estrangeiros rejeitou a ideia de que ao desactivar o seu programa nuclear, o Irão estaria dando garantias ao mundo da sua intenção de não produzir armas nucleares.

“Ninguém deve estar sob a ilusão de que os objectivos garantidos podem teoricamente ou em termos práticos significar a cessação ou mesmo a suspensão a longo termo de todas as actividades legais que foram levadas a cabo sob a supervisão total e intrusa da Agencia Internacional para a Energia Atómica. A suspensão das actividades ilegais não significa garantias à chamada interrupção definitiva do programa...”

Os comentários de Kamal Kharrazi surgem como uma clara negação das tentativas da Franca, Alemanha e da Grã Bretanha no sentido de persuadir o Irão a desistir do seu programa de enriquecimento de urânio em troca de incentivos económicos.

Teerão concordou em congelar o seu programa nuclear durante negociações com o trio de países da Europa Ocidental, mas o porta voz do ministro dos negócios estrangeiros do Irão, foi citado como tendo dito que algumas das actividades nucleares serão reatadas.

O trio de mediação europeu advertiu recentemente que qualquer decisão iraniana no sentido de levar adiante o seu programa de enriquecimento do urânio, poderia forçar Paris, Berlim e Londres a apoiarem a intenção americana de levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU.

O delegado dos Estados Unidos, a conferencia para a revisão do tratado de não proliferação nuclear de 1970, disse ontem aos participantes que o Irão tem estado a tentar construir secretamente armas atómicas.

O assistente do secretario de estado americano, Stephen Rademaker exigiu para o efeito que Teerão desmantele todas as suas instalações nucleares e sugeriu que a comunidade internacional deveria revogar o direito do Irão a ter acesso a tecnologia nuclear.

Os demais intervenientes na conferencia deram pouca atenção à exigência americana, preferindo em vez disso sugerir a introdução de pacotes por forma a encorajar as negociações que levem o Irão a desistir dos seus intentos nucleares.

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