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Confrontou um grupo de jornalistas


Recentemente na cidade de Lomé, no Togo, uma multidão enfurecida confrontou um grupo de jornalistas que pensava terem favorecido a vitoria de Faure Gnassingbe.

A principio, e em contraste, os militares pareciam favoráveis à maioria dos jornalistas, mas quando os repórteres começaram a descobrir casos de abusos humanos no exercito, os sorrisos transformaram-se em semblantes ameaçadores e exigências à mão armada de todo o género de acreditação.

O ministro das comunicações acusou os jornalistas de serem responsáveis pela ocorrência dos actos de violência, tendo os jornais independentes sido impedidos de circular.

Amie Jool Cole, uma jornalista da Gâmbia, pais onde desconhecidos armados mataram, o ano passado, um chefe de redacção e outros repórteres viram as suas residências serem incendiadas . Segundo ela, com frequência, aqueles que buscam o poder pensam que os jornalistas ou estão do lado deles, ou contra eles.

Luckson Chipare, da Namíbia, acrescenta que os responsáveis da oposição são habitualmente mais acessíveis, e quando na oposição, utilizam os media para prometer transparência. No entanto, acrescenta, quando chegam ao poder, muitas vezes tornam-se piores que os seus antecessores.

”Aqueles que lutam pelo poder quando se encontram na luta, noticiamos as suas actividades, vem-nos como bons amigos, e quando assumem o poder acusam-nos de sermos os inimigos.

Um representante de um grupo da sociedade civil da Libéria após a guerra, John Kollie, afirma ser importante para os jornalistas estarem num ambiente em que podem actuar sem receios. De outra formam, sublinha o papel de responsabilização torna-se demasiado perigoso de obter.

A jornalista da Gambia, Amie Cole, destaca que os que não são jornalistas devem compreender que a actividade funciona em beneficio de todos.

“Os elementos da sociedade civil devem entender que no caso de não existir acesso à informação ou liberdade de expressão, eles próprios vão ver recusados alguns direitos. O acesso à informação e a possibilidade de nos expressarmos não se destina apenas aos jornalistas sendo igualmente para todos os que vivem numa sociedade.”

Em Dakar os jornalistas estão de acordo em que é importante elevar o nível profissional e da ética para poder estar acima das criticas e evitar acusações litigiosas.

No entanto trata-se de um desafio num ambiente económico diminuído, no qual muitos repórteres dependem de benefícios, politicamente motivados, em vez das receitas provenientes da publicidade.

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