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Brasil: Esforço frenético de salvamento após inundações em Porto Alegre


Vista aérea de bairro iundado da cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, 5 maio 2024
Vista aérea de bairro iundado da cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, 5 maio 2024

As autoridades do sul do Brasil esforçaram-se no domingo para resgatar pessoas das inundações e deslizamentos de terra que mataram pelo menos 75 pessoas e forçaram mais de 88.000 a abandonar as suas casas.

Por toda a cidade de Porto Alegre, a capital do estado do Rio Grande do Sul, as pessoas estavam em cima dos telhados na esperança de serem resgatadas, enquanto outras em canoas ou pequenos barcos navegavam pelas ruas que se tornaram rios.


Vista do ar, Porto Alegre estava completamente inundada, com as ruas submersas e os telhados de algumas casas pouco visíveis.

Autoridades da defesa civil disseram que pelo menos 103 pessoas estavam desaparecidas na última de uma série de eventos climáticos catastróficos que atingiram o Brasil.

Mais de 3.000 soldados, bombeiros e outras equipas trabalharam freneticamente para salvar as pessoas que ficaram retidas pelas cheias nos últimos dias, em muitos casos sem o básico, como água corrente ou eletricidade.

"Parece um cenário de guerra e, depois que acabar, será preciso uma abordagem pós-guerra", disse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ladeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que prometeu que o governo forneceria todos os recursos necessários para a reconstrução.

Além de Porto Alegre, outras 334 cidades e vilas foram atingidas pelas enchentes, causadas por chuvas torrenciais.

Os soldados estão a montar hospitais de campanha depois de centenas de pacientes terem sido evacuados dos hospitais.

Setenta por cento da cidade de Porto Alegre está sem água canalizada e grande parte da região metropolitana está debaixo d'água, segundo as autoridades.
Leite disse que esse foi o pior desastre natural da história do Rio Grande do Sul, que abriga a produção agroindustrial de soja, arroz, trigo e milho.

As equipes de resgate enfrentaram uma tarefa colossal, com cidades inteiras inacessíveis.

Lula, que visitou o estado duas vezes em poucos dias, atribuiu a catástrofe às mudanças climáticas.

As tempestades devastadoras foram o resultado de um “cocktail desastroso” de aquecimento global e do fenómeno climático El Nino, disse o climatologista Francisco Eliseu Aquino à AFP na sexta-feira.

O maior país da América do Sul tem sofrido uma série de eventos climáticos extremos, incluindo um ciclone em setembro que matou pelo menos 31 pessoas.

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