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Fugitivo americano vive “purgatório diplomático”


Edward Snowden
Edward Snowden

O fugitivo antigo empregado da Agência de Segurança Nacional Americana, Edward Snowden, pediu asilo em pelo menos 20 países, mas retirou o seu pedido de asilo permanente na Rússia.

A assessora jurídica da Wikileaks, Sarah Harrison, apresentou os pedidos de asilo para Edward Snowden, entregando os documentos a um funcionário do consulado russo no aeroporto de Moscovo Sheremetevo, onde Snowden se encontra escondido há mais de uma semana, numa situação descrita como uma espécie de purgatório diplomático.

Snowden está fugido desde o mês passado, após a divulgação de documentos secretos da Agência de Segurança Nacional americana detalhando programas de vigilância telefónicos nacional e internacional bem como o uso da Internet dos EUA.

Entre os países onde Snowden procura asilo estão a Polónia, Alemanha, Islândia, Áustria e Equador. Mas os líderes europeus dizem que Snowden provavelmente teria que se encontrar no solo nacional de um país, a fim de lhe ser concedido asilo.
Snowden também pediu asilo na Índia. Syed Akbaruddin porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia confirmou o pedido de asilo de Snowden mas disse que após ter sido analisado cuidadosamente “concluímos que não vemos razão para conceder esse pedido."

Em comunicado - o seu primeiro comentário público desde que chegou à Rússia - Snowden, disse que o presidente Barack Obama está a tentar convencer os países a não lhe dar asilo.

Snowden retirou o seu pedido de asilo na Rússia quando soube que o Presidente Vladimir Putin apenas iria considerar esse pedido se ele parasse de divulgar segredos norte-americanos. Mas Putin diz que a Rússia não vai enviar Snowden de volta aos Estados Unidos para enfrentar acusações de espionagem.

Putin encontrou-se com o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, terça-feira em Moscovo. As notícias dizem que eles discutiram Snowden. Maduro disse mais tarde a jornalistas que o seu país não tenha recebido um pedido de asilo do americano.

O líder venezuelano disse que Snowden merece protecção ao abrigo do direito internacional e humanitário.

Depois de chegar a Moscovo, vindo de Hong Kong em 23 de Junho, noticiou-se que Snowden tinha inicialmente reservado voos para Havana, Cuba, e em seguida para Caracas, Venezuela, antes de ficar refém de uma espécie de limbo legal.

WikiLeaks disse que os pedidos de asilo foram feitos também para a Bolívia, Brasil, China, Cuba, França, Índia, Itália, Irlanda, Holanda, Nicarágua, Espanha e Venezuela.

Enquanto isso, a Polónia juntou-se a vários aliados dos EUA na Europa que exigem uma explicação de Washington sobre as alegações, com base em denúncias de Snowden, que as agências dos EUA espiaram as comunicações da União Europeia.
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